Não. Isso aqui não é um resumo do filme ou coisa parecida. Até poderia ser, porque de fato, eu, o Pablo e a Brenda, fomos ao cinema um sábado desses, pra assisti-lo. Mas posso dar uma dica: Nunca, em hipótese alguma ouçam o Pablo na escolha de filmes - se um dia, um de vocês for ao cinema com ele, claro.- Sem mais rodeios, vamos ao que interessa.
Era o segundo sábado em que saíamos juntos. Foi tudo meticulosamente planejado anteriormente pelo msn. Eu dizia ''Gente, pra quê cinema? Não está passando nada que se valha à pena assistir'', a B., como sempre, concordava comigo, e o P., grandessíssimo manipulador que é, dizia ''Tem sim, o Exterminador do Futuro 4 e blablablá'', fazendo a B. discordar de mim e concordar com ele. Ela é muito em cima do muro quando o assunto somos Pablo e eu. Eu até a entendo, sabe? É difícil escolher.
O mais (e aqui quero dizer menos) legal disso tudo, é que o P. não tinha um tostão furado. E adivinhem quem iria pagar o cinema dele? Quem acertar ganha um doce. (...)
E ganhou quem disse: Maria e Brenda.
Depois de quase uma tarde inteira discutindo o assunto no msn, eu saí de casa quase convencida de que esse seria o melhor filme que eu veria em toda a minha vida. Até estava conformada em perder meus três reais e mais a pipoca e talvez o refrigerante (sim, o P. é mesmo um grande gigolô).
Uma vez no shopping, encontrei o P. primeiro, com um sorriso de lá até aqui (claro, não ia pagar tsc,tsc) e depois a B. Notei que haviam dois filmes em cartaz: - na verdade três, mas vocês vão me perdoar a falta de atenção - um nacional (comédia, novidade) e o tal exterminador. Eu quase gritei, esperneei e até desceram umas poucas lágrimas dos meus olhos -coisa que funcionaria com meus pais- pra que assistíssemos ao nacional... mas ele não desistiu da ideia de assistir a continuação de filmes do Schwarzenegger - do qual mais tarde, descobriríamos a fajuta (e aqui quero dizer indecente) participação no filme. Mas isso não é assunto pra agora, continuemos com a ordem cronológica dos fatos - . O jeito era me conformar e enfrentar a tal da fila por um ingresso. Mas era quilométrica, acreditem em mim. E P. e B. não tinham carteira de identidade (a B. porque esquecera, e o P. porque não tem). Ou seja, a mocinha que vende ingressos - muito estúpida por sinal - nos negou a compra dos bilhetes depois de horas, meses, quase anos! de espera na fila.
Eu queria gritar nomes feios, mas não pode-se fazer isso na frente da B. Portanto me controlei e segui à procura de almas caridosas com identidade, dispostas a comprar ingressos para nós.
Logo de cara, encontrei Ro., um colega de classe que sempre está pelo shopping perambulando. Ele foi gentil, como sempre, e me ofereceu a sua carteira. Agora tínhamos dois ingressos, mas faltava um.
Era chegada a hora de abordar desconhecidos, e eu abordei como sempre faço. Eu comecei desesperadamente, a chamar as criancinhas que passavam e cutucá-las. Foi realmente triste. Eis que surge uma simpática e estranha garota, que se sentiu nossa melhor amiga em dois segundos. Imaginem a cena:
Uma sorridente Maria, -tentando ser simpática - aborda uma também sorridente garotinha de blusa rosa:
-Oi, será que você poderia...
-Claro que sim! Eu peço ao meu amigo ali na fila, "relaxe" - Sim, ela me interrompeu antes de concluir a frase e foi logo puxando os dez reais da minha mão. No começo, eu gelei. Olhei pros lados, pros meus amigos e os dois riam. Gente, vocês podem entender porque eu gelei? Uma garota vinda do além, que não deixou eu completar a minha frase - quer dizer, eu poderia estar apenas perguntando as horas - e puxou o dinheiro, o MEU dinheiro, da minha mão, e sumiu.
Tá certo que foi só olhar pra a fila que eu a encontrei ao lado de um cara e.. PAUSA. Adivinha como era o cara? Eu gostaria de dizer, que não sou preconceituosa como vou parecer agora...Mas, ele era estranho. Meio forte demais e aparentemente velho demais pra ser amigo da garotinha de rosa. Na hora eu pensei: ''É o chefe da boca! O líder da quadrilha!''
E na mão dele, os MEUS dez reais. Comecei a dar pulinhos - com a desaprovação do P. e risos afetados da B. - e dizer sem parar ''Meu dinheiro! Com ele! Meus dez reais! Pega lá! Pega lá!'' Nessa hora, eu percebi que a garotinha vinha em minha direção , sem meu dinheiro, pra dizer que ela já ia embora, mas o meu ingresso seria comprado pelo seu amiguinho..- PAUSA. Amiguinho? O cara era do tamanho do Mike Tyson, se não fosse maior (nao é exagero), e ela chamava ele de amiguinho? - Já não havia o que fazer. Só me restava esperar pelo pior. Ou o Mike (resolvi chamá-lo assim) iria fugir com meu dinheiro, ou com o meu ingresso. Já estava quase conformada.
De repente, vejo Mike saindo da fila com uma cara estranha, e o meus dez reais na mão. Eu perguntei aos dois amigos-da-onça, quem iria lá pedir o meu dinheiro de volta. Eles se olharam e inúteis que só, deram um passo pra trás. Ou seja, eu teria que, sozinha, enfrentar o Mike Tyson (...)
CONTINUA...
Era o segundo sábado em que saíamos juntos. Foi tudo meticulosamente planejado anteriormente pelo msn. Eu dizia ''Gente, pra quê cinema? Não está passando nada que se valha à pena assistir'', a B., como sempre, concordava comigo, e o P., grandessíssimo manipulador que é, dizia ''Tem sim, o Exterminador do Futuro 4 e blablablá'', fazendo a B. discordar de mim e concordar com ele. Ela é muito em cima do muro quando o assunto somos Pablo e eu. Eu até a entendo, sabe? É difícil escolher.
O mais (e aqui quero dizer menos) legal disso tudo, é que o P. não tinha um tostão furado. E adivinhem quem iria pagar o cinema dele? Quem acertar ganha um doce. (...)
E ganhou quem disse: Maria e Brenda.
Depois de quase uma tarde inteira discutindo o assunto no msn, eu saí de casa quase convencida de que esse seria o melhor filme que eu veria em toda a minha vida. Até estava conformada em perder meus três reais e mais a pipoca e talvez o refrigerante (sim, o P. é mesmo um grande gigolô).
Uma vez no shopping, encontrei o P. primeiro, com um sorriso de lá até aqui (claro, não ia pagar tsc,tsc) e depois a B. Notei que haviam dois filmes em cartaz: - na verdade três, mas vocês vão me perdoar a falta de atenção - um nacional (comédia, novidade) e o tal exterminador. Eu quase gritei, esperneei e até desceram umas poucas lágrimas dos meus olhos -coisa que funcionaria com meus pais- pra que assistíssemos ao nacional... mas ele não desistiu da ideia de assistir a continuação de filmes do Schwarzenegger - do qual mais tarde, descobriríamos a fajuta (e aqui quero dizer indecente) participação no filme. Mas isso não é assunto pra agora, continuemos com a ordem cronológica dos fatos - . O jeito era me conformar e enfrentar a tal da fila por um ingresso. Mas era quilométrica, acreditem em mim. E P. e B. não tinham carteira de identidade (a B. porque esquecera, e o P. porque não tem). Ou seja, a mocinha que vende ingressos - muito estúpida por sinal - nos negou a compra dos bilhetes depois de horas, meses, quase anos! de espera na fila.
Eu queria gritar nomes feios, mas não pode-se fazer isso na frente da B. Portanto me controlei e segui à procura de almas caridosas com identidade, dispostas a comprar ingressos para nós.
Logo de cara, encontrei Ro., um colega de classe que sempre está pelo shopping perambulando. Ele foi gentil, como sempre, e me ofereceu a sua carteira. Agora tínhamos dois ingressos, mas faltava um.
Era chegada a hora de abordar desconhecidos, e eu abordei como sempre faço. Eu comecei desesperadamente, a chamar as criancinhas que passavam e cutucá-las. Foi realmente triste. Eis que surge uma simpática e estranha garota, que se sentiu nossa melhor amiga em dois segundos. Imaginem a cena:
Uma sorridente Maria, -tentando ser simpática - aborda uma também sorridente garotinha de blusa rosa:
-Oi, será que você poderia...
-Claro que sim! Eu peço ao meu amigo ali na fila, "relaxe" - Sim, ela me interrompeu antes de concluir a frase e foi logo puxando os dez reais da minha mão. No começo, eu gelei. Olhei pros lados, pros meus amigos e os dois riam. Gente, vocês podem entender porque eu gelei? Uma garota vinda do além, que não deixou eu completar a minha frase - quer dizer, eu poderia estar apenas perguntando as horas - e puxou o dinheiro, o MEU dinheiro, da minha mão, e sumiu.
Tá certo que foi só olhar pra a fila que eu a encontrei ao lado de um cara e.. PAUSA. Adivinha como era o cara? Eu gostaria de dizer, que não sou preconceituosa como vou parecer agora...Mas, ele era estranho. Meio forte demais e aparentemente velho demais pra ser amigo da garotinha de rosa. Na hora eu pensei: ''É o chefe da boca! O líder da quadrilha!''
E na mão dele, os MEUS dez reais. Comecei a dar pulinhos - com a desaprovação do P. e risos afetados da B. - e dizer sem parar ''Meu dinheiro! Com ele! Meus dez reais! Pega lá! Pega lá!'' Nessa hora, eu percebi que a garotinha vinha em minha direção , sem meu dinheiro, pra dizer que ela já ia embora, mas o meu ingresso seria comprado pelo seu amiguinho..- PAUSA. Amiguinho? O cara era do tamanho do Mike Tyson, se não fosse maior (nao é exagero), e ela chamava ele de amiguinho? - Já não havia o que fazer. Só me restava esperar pelo pior. Ou o Mike (resolvi chamá-lo assim) iria fugir com meu dinheiro, ou com o meu ingresso. Já estava quase conformada.
De repente, vejo Mike saindo da fila com uma cara estranha, e o meus dez reais na mão. Eu perguntei aos dois amigos-da-onça, quem iria lá pedir o meu dinheiro de volta. Eles se olharam e inúteis que só, deram um passo pra trás. Ou seja, eu teria que, sozinha, enfrentar o Mike Tyson (...)
CONTINUA...
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