segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Tudo sobre o dia que a Maria não estava (parte I)



Por: Brenda.

Essa história começa como todas as outras... Pablo, com seu incrível poder de persuassão, me convenceu a ir para o shopping com ele e seus amigos. Disse que os amigos dele eram o máximo, que iria adorar eles e muitos blablablá's, com sempre. E eu, coitadinha de mim, que não sei - admito, não sei mesmo - dizer não aos pedidos do Pablo, aceitei prontamente. Mas.. se eu não fosse, ia ficar me martirizando pelo resto da minha vida. Deixar de conhecer aqueles amigos estranhos do Pablo? Todos eles, em uma única noite? O Pablo é extremamente egoísta quando o assunto é 'seus amigos'. Não haveria outra oportunidade, eu tinha que aproveitar. Arquitetei todo o meu plano maligno muahahaha -n mas.. estava sem a minha companheira, a Maria não podia ir.
Nesse dia, se eu me lembro bem, ela resolveu nos trocar por uma de suas festinhas de forró, ou reggae, ou sabe-se lá o quê. Ingrata. O que seria de mim sem a Má por lá para me defender dos amigos perigosos e estranhos do Pablo? Só eu, de estrangeira, em um grupo de quase dez deles. Não podia lutar contra isso, eles eram muitos e provavelmente forçariam o pobre do Pablo a se voltar contra mim socorro, buá ): mas ele prometeu que ficaria do meu lado. Ainda não tão confiante da idéia de estar naquele lugar... com aquelas pessoas pseudo-conhecidas, liguei para minha ex-colega de sala, a Mari. Ela avisou que se atrasaria, mas que iria. Pronto, tudo certo. Lá vamos nós.
Coloquei uma blusa - com um decote atrás, que me arrependi depois - e uma calça. Não me maquiei, só faço isso em casos de extrema urgência. Não me achem estranha ou desleixada com minha aparência. Sério. Me atrasei, de proprósito... porque não queria chegar antes do Pablo lá. Minha mãe me levou de carro. Cheguei no shopping. Respirei fundo e entrei. Fui andando e desviando dos seres que vinham na minha direção, sem sequer me notar ali bem na frente deles. Abrindo um pequeno parênteses aqui, que tipo é aquele que freqüenta o shopping em um sábado a noite? É de dar medo, sem exagero. Fui diminuindo o passo, não conseguia achar o Pablo naquela multidão de pessoas. Tinha esquecido os óculos, que merda. Enquanto eu tentava distinguir alguém de camisa branca na multidão... Avistei um grupo de quase dez pessoas - como eu tinha imaginado antes - amontoados em uma minúscula mesa. Pablo estava de costas. Bendita hora que ele sentou naquele lugar... não seria mais fácil ficar de frente, me procurando? Mas, relevemos... fiquei alguns segundos parada, ele finalmente virou e me viu. Não se deu o trabalho de levantar para me cumprimentar, tive que ir andando até a mesa minúscula para falar com ele. Fez-se um silêncio coletivo, quando o Pablo falou: "Gente, essa é a Brenda."
O barulho voltou. Ou talvez sempre estivera ali, quem sabe. Fui educadamente - como mamãe me ensinou hehe - falar com todos. E eles comentavam coisas do tipo 'Ah, finalmente te conheci' ou 'Ah, a famosa Brenda?' e eu fui soltando uns risinhos sem-graça para eles. Porque, pode parecer besteira, mas eu fique mesmo sem-graça. Se não estivesse tão escuro ali, eles veriam que eu estava vermelha. Que bom que era noite. Falei com a Carla (desculpem, esse não é o nome dela) ela tinha cabelos pretos cacheados e era quase do meu tamanho, ela foi simpática comigo apesar de eu ter esquecido seu nome. A Tânia, ela era alta e de cabelos um pouco abaixo do ombro, gostei dela logo de cara. O Gustavo foi logo me acusando 'Ei, você foi no meu Orkut ontem' e eu disse ‘Ah, o Pablo falou que você vinha, então...' ele nem me esperou acabar de me explicar e foi falando ‘Eu te conheço de algum lugar’ ao que eu respondi ‘Eu sei, já fizemos curso de inglês juntos.’ Foi legal rever o gustavo, estava com saudades de seus olhos verdes (ou são azuis?). Falei com o Fernando, e ele repetiu a afirmação do Gustavo. Mas dessa vez, eu não lembrava de onde conhecia ele. Mais tarde ele comentou que lembrava de mim na quarta série..- ‘Você era baixinha e bem magra e...’ -‘Não, te proíbo de lembrar de mim naquela época!’ Desculpem, tenho um certo trauma quando falam de como eu era na infância. Cumprimentei mais umas três pessoas que não lembro da fisionomia, muito menos do nome. E finalmente, conheci a Luna. Ouvi falar tanto da Luna... (Depois falarei da Luna com bastante detalhes, mas essa já é uma outra história...) Ela me abriu um largo sorriso e falou 'Gostei do seu corte de cabelo!' Precisava de mais? Quase perguntei ao Pablo onde eu podia achar mais amigos daqueles pra mim. rs

CONTINUA (..

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